O contrário aconteceu nesse semestre... Um choque. Térmico, drástico. Com ventos fortes, trazendo e levando gente fria e egoísta. Me contaminei, congelei. Só comprei as piores ideias, fiz as piores escolhas e tanto erro consecutivo me levaram a um abismo interno, um cair vertiginoso. No espelho, as olheiras, rugas e melancolia escancarada. Nem lágrimas, nem ternura. Experimentei veneninhos diários que lentamente mataram quase todas as certezas e sonhos que demorei tempos pra juntar. A culpa é minha, eu sei. Só nos deixamos atingir se estamos vulneráveis. Lição aprendida.
Ainda me resta acreditar nas fases... principalmente no fim delas. Ainda mais essas fases que nos derrubam, tiram nossas energias como se fossem doenças...
Mas como diz Rilke: "É preciso ter paciência como um doente e ter confiança como um convalescente, pois talvez o senhor seja ambas as coisas. Mais ainda: o senhor também é o médico que tem de tratar de si mesmo."
E tem melhor tratamento do que viajar? Fui!
Viagem à Paraty/Trindade